A IMPORTÂNCIA DO SINDICATO DOS ADVOGADOS DE MINAS GERAIS
Suprimido durante a ditadura militar no Brasil, o Sindicato dos Advogados de Minas Gerais, como fênix, ressurge das cinzas em 1994, provando a força do movimento da advocacia mineira. E, desde então, vem se imergindo em lutas importantes como a busca pelo piso salarial da advocacia, anuidade justa na OAB/MG, combate ao assédio moral, repúdio à Reforma Trabalhista e tantas outras.
Sindicatos
são organizações que representam os direitos e interesses dos trabalhadores de
uma determinada classe. A união dos trabalhadores resulta em um movimento forte
capaz de conquistar a efetivação de grandes lutas. Com a Revolução Industrial e
a ascensão do capitalismo, a exploração da classe trabalhadora passar a ser
mais evidente, porém os abusos patronais só começam a ser realmente vencidos no
século XIX, com o surgimento dos primeiros sindicatos. Os sindicatos foram
responsáveis por grandes conquistas trabalhistas no Brasil e no mundo, como,
por exemplo, a redução da jornada de trabalho de dezesseis para oito horas
diárias.
Na
atualidade, em diversos momentos, muitos trabalhadores sentem que têm seus
direitos lesados e é aí que entra o sindicato. É o sindicato que irá orientar
esses trabalhadores e auxiliá-los na busca pela efetivação e cumprimento de seus
interesses. Aos filiados de um sindicato, existem alguns benéficos, mas muitos
trabalhadores não entendem quais são. Quando pensam em filiar-se, acabam
recuando por não entender os benéficos oferecidos. E muitos acabam não compreendendo
a luta por traz de tudo.
Nenhum outro
profissional sabe tão bem a função e importância de um sindicato quanto um
advogado. Contudo, pelo fato de conhecer seus direitos, muitos advogados acabam
tendo a falsa impressão de que não precisam se filiar, esquecendo-se que a
força que efetiva direitos trabalhistas está muito mais na união de
trabalhadores do que na consciência individual.
Outro problema
que leva advogados ao erro de não se filiarem ao sindicato é o atual modelo do
mercado de trabalho na advocacia. Por exemplo, a condição de “associado”, enquadrada
como se fosse um regime de prestação de serviço de advogados autônomos, em boa
parte dos escritórios mineiros beira à escravidão moderna, sendo apenas um
subterfúgio para não conceder direitos trabalhistas mínimos aos advogados.
Aliás, mesmo
entre advogados empregados enquadrados no regime celetista ou estatutário, há
uma cultura de não-sindicalização, seja pelo temor do desemprego, seja pela
falsa ideia de que o conhecimento jurídico é suficiente para impedir abusos
patronais.
Vale ressaltar
que a função do Sindicato dos Advogados acaba por ser ainda mais ampla do que a
função dos demais sindicatos, posto que suas lutas abraçam também advogados
autônomos. Questões como assédio nos tribunais e anuidade da OAB, dentre
outras, atingem não apenas advogados empregados ou associados, mas também e
principalmente advogados autônomos.
Em outras
palavras, é do interesse de todos os tipos de advogados, quer autônomos, quer
associados, quer empregados, se filiarem ao sindicato. A classe advocatícia
precisa relembrar a força de sua união e movimentar-se no sentido de uma revolução
para conquistar e retomar seus direitos.
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